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O Ocaso de uma era ou Ditadura do consenso

Uma árvore tombada em plena avenida Marcos Konder nos fornece a imagem emblemática de um governo que experimenta o seu ocaso. Mais que um governo, uma era se finda. Com o término do terceiro Governo Morastoni termina o cenário ocupado por figuras políticas do Pós-64, tempo histórico iniciado com a eleição de 1982 e a volta do pluripartidarismo. No dia primeiro de janeiro de 2025, teremos um prefeito – e muitos elementos de su

Árvore cortada na Avenida Marcos Konder em novembro de 2024

a equipe de governo – oriundo de uma geração que não sofreu o peso da botina de 64 e 68. Robison Coelho, Rubens Angioletti, Níkolas Reis, Anna Carolina Martins … eis o novo em Itajaí. Um novo completamente refém de ideologia única. Um novo que já nasceu velho, refém do extremismo de direita. Uma onda mundial, gigantesca e avassaladora que, em Itajaí, não deixou pedra sobre pedra no castelo ideológico da esquerda. Cenário de protagonismo uniforme, uníssono, que comporta discurso único e padronizado.

De certa forma estamos vivendo uma ditadura da mesma intensidade daquela que experimentamos em 64 e 68. A única diferença é que o povo está elegendo uma massa de políticos de direita e ultradireita. O povo está retirando do cenário a esquerda e suas variações ideológicas do centro à extrema. Então é uma ditadura desejada, consentida. Essa ditadura sem golpe está sendo sustentada eleitoralmente pelos erros grosseiros e reincidentes da esquerda. Tantos são esses erros que sobrou para toda a esquerda brasileira apenas um nome: Luis Inácio da Silva. O presidente, contudo, já demonstrou na última eleição que não pode mais contar apenas com o voto da esquerda e há muito namora com grupos de centro direita. Sobraram a direita e uma versão light de Lula.

Como pensador inorgânico, pacifista, democrata, comprometido com a vida de todos os seres indistintamente … nada espero do futuro imediato tendo essa gente no comando. Se Volnei Morastoni foi uma decepção política, a nova era e sua ‘juventude senil’ não tem essa potencialidade de me decepcionar. Isto porque, nada espero dessa juventude que nasceu embrulhada em ideias velhas, ultrapassadas, que está conduzindo a humanidade e nosso planeta ao desequilíbrio total e irreversível.

A ÁRVORE TOMBADA EM PLENA AVENIDA CENTRAL DE ITAJAÍ É O EMBLEMA DE UM OCASO …. nuvens negras pairam sobre o palácio símbolo do poder republicano em Itajaí.,, e, eu, temo estar falando sozinho ao pedir moderação, equilíbrio, alteridade, compaixão, fraternidade … [Magru Floriano].